segunda-feira, 19 de março de 2012

«[...] se a morte morresse, esta nossa vida seria o seu inferno?»


A Tempo Inteiro / Full-Time
Autor
Tamayo Marín
Poema
Sérgio Godinho
 Posfácio
João Paulo Cotrim

Colecção: BD / Cartoons / Ilustração 28 / Tema, classificação: Ilustração
Data de Edição: Novembro de 2011
Formato e acabamento: 17,1 x 24,1 cm, edição encadernada / 144 páginas

ISBN: 978-972-37-1623-8

Preço: 18,87 euros / PVP: 20 euros

Tamayo Marín nasceu a 31 de Agosto de 1945 na Cidade do México. Filho de professores, foi orientado no gosto pelas artes e literatura. O pintor David Alfaro Siqueiros, reconhecendo-lhe qualidades artísticas, aconselhou o jovem Tamayo a matricular-se na Academia de San Carlos. Tamayo Marín descobre então a grandiosa obra de Rivera, Frida Kahlo, Orozco, sem esquecer a de Siqueiros, amigo íntimo do seu pai. Interessa-se também pela genial obra gráfica de José Guadalupe Posada. Mergulha na vida boémia dos artistas da sua geração e viaja pelos Estados Unidos durante os anos 60. Vive e trabalha em San Diego (Califórnia), mas continua a passar temporadas no México, onde colabora com grupos artísticos ligados à ilustração na imprensa cultural.

«Tamayo Marín invocou a Morte como flâneur praticante do diálogo esgrimista 
para nos dizer das trevas dos nossos dias. Demonstra-o com divertida moralidade: 
a morte é o fim da vida ou o seu contrário? 
Dito de outro modo: se a morte morresse, esta nossa vida seria o seu inferno?
 [JPC]

«Irmã Morte surge esqueleto, imemorial representação, um corpo que é também a sua ausência, o que fica do que passa, mas também a sua estrutura. O que nos mantém erectos, animais de passeio, sobra como símbolo do que seremos, findo o que somos. Ser e não ser, eis a questão. A morte vive em nós, sustenta-nos, parece dizer a icónica figura que em nenhum outro lugar como no México faz parte do quotidiano (não apenas na carne da simbólica). Pois a figurinha servirá de cicerone a outros corpos até que a visão dos pequenos e médios horrores os reduza ao cinza orgânico, figura de espelho. Exagero retórico. A luz feérica das festas populares enche os vazios, pontua os brancos e reflecte-se nas ossadas que assim se tornam vibrantes em cada uma das três partes deste livro-percurso.»

João Paulo Cotrim

Sem comentários:

Enviar um comentário