RUMOR BRANCO
Almeida Faria
Formato e acabamento: 14,5 x 20,5 cm, edição brochada com badanas / 160 páginas
ISBN: 978-972-37-1648-1
PVP: 12,90 €
«Almeida Faria foi génio aos dezanove anos, quando publicou Rumor Branco, e desde então tem ousado publicar uma obra imprevisível, corajosa e inclassificável.»
Miguel Esteves Cardoso
metafísicas» onde havia, na verdade, um novíssimo e torturado realismo, uma denúncia de um quotidiano opressivo, repugnante. Mas é a linguagem, antes de mais, que se revolta: a fragmentação, a pontuação escassa, a sintaxe ousada, uma partitura dissonante e ofegante de provérbios, palavras de ordem, neologismos, clichés. Uma música pós-musical, como a de Stockhausen, a que o título alude. Na década mais moderna do romance português, o jovem escritor de dezanove anos recusava uma ficção didática, previsível e de fundo otimista. Eduardo Lourenço chamou-lhe uma «literatura desenvolta», que vale tanto pelo que consegue como por aquilo que recusa. Nem gratuito nem ensimesmado, Rumor Branco desmultiplica-se em perspetivas agudas, do melodrama lisboeta à boémia parisiense, passando pela militância política ativa e pelo proverbial enfado dos burgueses cultos; no essencial, a sua visão é feérica, espetral, e em várias passagens o fio narrativo cede lugar a digressões poéticas soturnas. Portugal como assombração, como assombro. E uma literatura nova nos escombros de um mundo antigo.»
Pedro Mexia
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