Carlos de Oliveira
[ n. Belém do Pará (Brasil), 10 de Agosto de 1921 ]
«Pego na folha de papel, onde o bolor do poema se infiltrou, levanto-a contra a luz, distingo a marca de água (uma ténue figura emblemática) e deixo-a cair. Quase sem peso, embate na parede, hesita, paira como as folhas das árvores no outono (o mesmo voo mortal, vegetal) e poisa sobre a mesa para ser o vagaroso estrume doutro poema.»
Carlos de Oliveira, Trabalho Poético, Assírio & Alvim.
Sem comentários:
Enviar um comentário