Foto Fernando Bento / Público |
João Rui de Sousa acaba de ser distinguido com o Prémio Vida Literária
da Associação Portuguesa de Escritores / CGD 2012.
Parabéns, João Rui de Sousa!
Poeta e ensaísta, João Rui de Sousa tem estudado —
inclusive através do exercício da crítica literária — muitos dos mais
representativos autores de poesia do século XX: de Almada Negreiros a
Sophia de Mello Breyner, de Adolfo Casais Monteiro a Eugénio de Andrade,
de Mário Saa a Alexandre O’Neill ou Mário Cesariny, de José Gomes
Ferreira a António Ramos Rosa, de Vitorino Nemésio a David
Mourão-Ferreira, de Jorge de Sena a Herberto Helder, entre tantos
outros. Numerosos desses textos continuam dispersos por jornais e
revistas. Alguns deles, porém, integram-se em livros organizados pelo
autor ou foram recolhidos em colectâneas de carácter antológico. Nesse
âmbito de intervenção, assumem lugar significativo os estudos, de
diferente intencionalidade e amplitude, levados a cabo pelo autor sobre o
poeta dos heterónimos. Enquadra-se em tal linha de pesquisa, como é
óbvio, a reedição, revista e aumentada, deste Fernando Pessoa, Empregado de Escritório.
Trata-se de um trabalho, em larga parte tributário de um contacto
intenso com o espólio pessoano, onde principalmente ressalta a
trajectória profissional, vasta, do grande escritor (incluindo aí
algumas singulares iniciativas empresariais por ele empreendidas). A
indagação alarga-se a outras vertentes mais relacionadas com essa
vivência, como por exemplo: os reflexos da profissão na sua obra
literária; a sua teorização sobre economia, comércio e gestão; ou alguns
sugestivos apontamentos sobre a personalidade de quem foi, entre
tantas outras coisas, um poeta ímpar e um competente correspondente de
línguas em numerosos escritórios da Baixa lisboeta. Em suma, estamos
perante uma obra que ajuda a sinalizar e a entender muito do universo
concreto em que se situou e desenvolveu o génio criativo de Pessoa.
2ª edição, revista e aumentada
ISBN 978-972-37-1403-6
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