sábado, 10 de agosto de 2013

Carlos de Oliveira


Carlos de Oliveira
[ n. Belém do Pará (Brasil), 10 de Agosto de 1921 ]

«Pego na folha de papel, onde o bolor do poema se infiltrou, levanto-a contra a luz, distingo a marca de água (uma ténue figura emblemática) e deixo-a cair. Quase sem peso, embate na parede, hesita, paira como as folhas das árvores no outono (o mesmo voo mortal, vegetal) e poisa sobre a mesa para ser o vagaroso estrume doutro poema.» 

Carlos de Oliveira, Trabalho Poético, Assírio & Alvim.

Sem comentários:

Enviar um comentário