domingo, 26 de maio de 2013

«Servidões», de Herberto Helder




Servidões 
Herberto Helder 

ISBN 978-972-37-1696-2
Encadernado, 128 páginas, PVP 22 €

«dos trabalhos do mundo corrompida 
que servidões carrega a minha vida» 

À venda a partir de amanhã, dia 27 de Maio de 2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Feira do Livro nas livrarias


Visite-nos nas nossas livrarias do Chiado e da Passos Manuel.  
Vai valer a pena.


Rua Passos Manuel, 67 B, 1150-258 Lisboa 
Telefone 213583030 Fax 213583039 
{segunda a sexta: 10h-13h; 14h-19h}


Pátio Siza - Rua Garrett, 10 / Rua do Carmo, 29 - Lisboa 
Telefone 932 561 288 livrariachiado@gmail.com
{segunda a sábado: 12h-19h; domingo: 14h-19h}

sábado, 18 de maio de 2013

Manuel Clemente: «Os portugueses subsistem apesar de Portugal.»


Manuel António Pina (Prémio Camões) e Manuel Clemente (Prémio Pessoa) na apresentação do livro 
Porquê e Para Quê?-  Pensar com esperança o Portugal de hoje, Assírio & Alvim, 2010.
[Porto, Palácio da Bolsa, 14-XII-2010. Fotos Luís Guerra]

«Inquieto, disponível para o debate, D. Manuel Clemente, Prémio Pessoa 2009, contraria a imagem do Bispo fechado na redoma. Frequenta as livrarias, circula de metro pela cidade e cultiva o prazer de estar com os outros.

Cansado, com a voz a denunciar a iminência de um resfriado, D. Manuel Clemente recebe-nos numa tarde de domingo, no final de uma visita pastoral de três dias. Dali a algumas horas vai partir para Torres Vedras, sua terra natal. Pelo meio, ainda tem tempo para falar de Portugal como um país crítico, das questões de Deus e da Igreja e do impacto da crise social na sua diocese. 

Pode ser feliz uma sociedade onde não há emprego? 

Não, não pode. Na nossa concepção cristã, o trabalho não é algo exterior à pessoa. 

Não é um simples meio ou expediente de sobrevivência. A realização de uma sociedade feliz é a realização de uma sociedade com trabalho. Não tenho dúvidas nenhumas de que a infelicidade que muita gente sente na sociedade portuguesa passa muito pelas dificuldades na obtenção de trabalho.

[…] 

Há algum devir histórico nesta espécie de casamento sem divórcio entre Portugal, os portugueses e a crise? 

É uma pergunta bem posta, porque abre um filão. Portugal é um país crítico. Não tem nenhuma razão de auto-suficiência e, no entanto, é o país com fronteiras definidas mais antigo da Europa. Mas nunca teve possibilidade de se sustentar sozinho. 

As nossas crises cerealíferas na Idade Média são endémicas. Nunca teve possibilidades, até humanas, quando foi da expansão ultramarina, de garantir uma imensidão como aquela por onde se espraiou. Não tinha possibilidade, no século XVII, de garantir, só por si, a sua independência. Depois do ouro do Brasil, o país fica destroçado. Demorou 50 anos a recompor-se, quando grande parte da Europa já estava mais à frente. Mesmo no século XX tivemos situações de pobreza muito difíceis de ultrapassar em todos os campos. Portugal, como estudo de caso, é uma coisa apaixonante, porque é um país que não tinha nenhuma razão para subsistir e subsiste. Os portugueses subsistem apesar de Portugal. 

[…] 

Sendo uma pessoa que muito se questiona, debate-se com alguma pergunta para a qual gostaria de encontrar resposta? 

Sim. Gostaria de perceber a relação da religião, e concretamente do cristianismo, com dois sentimentos básicos e dificilmente conjugáveis, na Humanidade e na Igreja, que são a segurança e a liberdade. Vou chegando a algumas conclusões, mas sobretudo concluo que é muito difícil.»

Manuel Clemente
Excertos de entrevista ao Expresso aquando da atribuição do Prémio Pessoa, em 2009.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dia da Europa


«[...] hoje nem sequer por meio da "sabotagem silenciosa" de que falava Enzensberger [Ah, esta Europa!] podemos oferecer resistência à racionalidade capitalista desenfreada.» João Barrento

«Diários Portugueses»


clicar na imagem

terça-feira, 7 de maio de 2013

Rabindranath Tagore [7/V/1861 — 7/VIII/1941]


As grinaldas de flores que eu compus em Maio
Não são prendas para ti;
Quando passas, os cânticos em teu louvor elevam-se,
Seguindo os teus passos com péans trovejantes.
Esta pequena lira, com as suas lânguidas cordas,
Não pode atingir essa épica medida, 
A minha prenda não é digna de ti.

Rabindranath Tagore, Poesia